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11 março, 2017

Sociadade Portuguesa De Autores (SPA) No Carnaval

CARNAVAL COM AUTORIA PRÓPIA - UMA CRÍTICA AOS "PASSES" E "AUTORES"
Após a época do Carnaval algumas entidades que se dizem nacionais e defensoras dos autores vão nos fazer entrar numa autêntica Batalha das Limas, típica de São Miguel, pelo ataque feroz e premeditado ao Carnaval da Terceira.
Quando falamos do Carnaval da Terceira falamos de uma festa feita de e para as pessoas. Não se trata de um Carnaval qualquer, pois, é único a nível Mundial. Igual apenas vê-se nos países onde as comunidades açorianas estão bem presentes.
Não se trata de algo vulgar como o Carnaval do Brasil que é copiado em diferentes pontos do Globo.
Quando falamos no Carnaval da Terceira falamos em Teatro Popular onde o drama e a comédia estão presentes, onde grandes músicos e grandes actores participam e pagam as despesas inerentes para levarem uma dança aos palcos da Terceira.
A festa em si é organizada por comissões nas diferentes freguesias e salões da Terceira. Algumas fazem coletas e outras fazem tascas para terem algum dinheiro para a luz, água, foguetes, mesa para receber danças, aluguer de som e despesas de manutenção dos salões.
Acho inadmissível a Sociedade Portuguesa de Autores e a Pass Music fazerem no próximo ano a todos os salões da Terceira o que fizeram este ano ao Auditório do Ramo Grande e ao Teatro Angrense onde aplicaram o pagamento de direitos de autor que muitas vezes nem chegam aos músicos, atores e autores portugueses. Destes dois espaços receberam um bolo total com cerca de 4500€. Imaginem o que irão receber e a taxa que será aplicada a cada um dos mais de 30 salões da ilha. A acontecer será o início do fim de uma tradição que por si só já é feita com muito esforço e não podemos permitir isso.
Está na hora de darmos uso à definição de Autonomia e pegarmos na História e evolução do Carnaval da Terceira para o candidatarmos a Património Imaterial da UNESCO exigindo posteriormente, e com outro poder, uma isenção total destas ditas taxas que querem aplicar a uma festa que é do povo. Pode ser que esta gente que nos quer aplicar taxas comece a entender alguma coisa do Carnaval da Terceira que eu aposto que nem sabem o que é!!
Lamento informar as ditas instituições, mas no que toca a defender a cultura terceirense ainda há gente com o mesmo espírito e força que Brianda Pereira tinha na sua época. A quem for dessas instituições não vou explicar quem ela era. Leiam nos livros de História que registam para Direitos de Autor.
AUTOR: Nuno Pereira
FOTO: António Simas de Almeida
ARQUIVO: Luís Mendes Brum 
DESCRIÇÃO: "Dança de Espada” da Sociedade Progresso Biscoitense (década de cinquenta) actuando no Caminho do Concelho da Freguesia dos Biscoitos
Gosto
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